Nascimento, Juventude e Padre

“Um sonho sonhado sozinho é apenas um sonho. Um sonho sonhado juntos é o princípio de uma nova realidade.”
“Um sonho sonhado sozinho é apenas um sonho. Um sonho sonhado juntos é o princípio de uma nova realidade.”
No dia 23 de Julho de 1884, num cenário de beleza agreste da Covilhã, nasce José do Patrocínio Dias. Filho de Claudina dos Prazeres Presunto e Claudino Dias Agostinho e Rosa. Aí passou a sua infância, crescendo numa profunda devoção ao Coração de Jesus que seria fonte de grande força e luz em toda a sua vida.
Olhando os píncaros das serras, habitação permanente de águias, aprenderia com elas o seu ousado voo. Um mistério o envolve: de um lado a força telúrica da natureza; do outro a energia afectuosa de uma religião do coração.
Os estudos primários, ou ensino básico, foram feitos na sua terra natal. Depois rumou até ao Colégio de S. Fiel, uma prestigiada escola jesuíta, no concelho de Castelo Branco.
A vocação sacerdotal era o seu ideal. Amava o silêncio interior e dedicava-se à oração. Cada promessa do Evangelho iluminava o seu futuro. Foi no Colégio de S. Fiel que a sua personalidade se formou para as grandes lutas da vida que um dia iria travar na guerra e na paz. Seria um ideal pelo qual valia a pena empenhar toda a sua vida e que nenhuma bomba conseguiria destruir. Foi amadurecendo a sua Fé viva e adulta na pessoa de Cristo, assim como a sua Caridade sem egoísmos.
“O AMOR que me prende ao Coração de Jesus, foi minha mãe que mo infundiu.”
Em 1902 decide navegar em dois oceanos: Ciência e Fé. Matriculou-se na Faculdade de Teologia em Coimbra, tendo concluído o curso com distinção. Entre outras atividades desenvolvidas naquela cidade, foi um dos membros fundadores do CADC (Centro Académico da Democracia Cristã).
Nele caminham em paralelo as preocupações religiosas e sociais, o que revela uma fé assente na mensagem evangélica.
É ordenado Sacerdote em 21 de Dezembro do ano 1907 na cidade da Guarda. Disse D. José do Patrocínio Dias:
“[…] Para corresponder à vontade de Deus tão claramente manifestada procurarei conhecer profundamente a Nosso Senhor Jesus Christo, dando-me ao estudo da Sua vida. Tanto mais O amarei, quanto melhor O conhecer. E ama-lO é a unica preocupação da minha vida. Sim ama-lO e faze-lO amar […] Jesus que eu te seja fiel!
Que eu corresponda a tão terna sollicitude! Á tua fina delicadeza. Vou retemperado para o trabalho a que me chama o teu amôr. Pronto, Jesus! Adsum!”
Depois de algum tempo no Seminário do Mondego foi-lhe entregue a Paróquia de S. Vicente. Em 1908 trabalhou com grande dedicação no Congresso das Agremiações Populares Católicas. Em 1915 é nomeado Cónego da Sé da Guarda.